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Sua empresa tem que mudar, ou ficará para trás...



Ricardo Semler, presidente do conselho e sócio majoritário da Semco Partners.

Há alguns anos me interesso pelos modelos de gestão empresarial existentes. Nesse caminho de estudos e pesquisas, encontrei cases famosos, como o da gestão democrática instalada por Ricardo Semler, na Semco do Brasil, chegando a ser desacreditado pelo próprio pai, provou que era um caminho de sucesso e sem volta. Nesse modelo, equipes gerenciam seus próprios projetos, os gestores são avaliados constantemente e podem, sempre perder os cargos por má avaliação - e isso é tão real, que pelo que sei, o próprio Ricardo deixou a gestão da empresa após não atingir os níveis mínimos de aprovação.


Nesse mesmo caso, funcionários têm o direito a uma folga extra, durante a semana. Nesse ponto, eu acho a proposta interessante, mas nunca tive a oportunidade de aplicar em uma empresa para ver os resultados. Porém, uma empresa Neo Zelandesa, a Perpetual Guardian, fez o teste. Isso mesmo, instituíram uma semana de 4 dias de trabalho e 3 dias de folga remunerada. Como resultado, conseguiram que os profissionais se sentissem mais calmos, tranquilos, menos ansiosos, mais focados, e que inclusive reduzissem o uso de redes sociais durante o período de trabalho.


Voltando ao Brasil, o Eldorado, antigo, porém inovador shopping, conhecido de São Paulo, criou uma outra cultura muito interessante. Durante um período de tempo, para promover a integração dos funcionários e criar empatia real entre os setores, implementou o programa que eu apelidei carinhosamente de "troca-troca" (rs)... Isso porque fizeram com que funcionários de setores diferentes, passassem alguns dias por ano executando tarefas que não diziam respeito a eles. A equipe comercial ia para o financeiro, o financeiro para o RH, o RH ia para o marketing e assim por diante. Vou além e arrisco dizer que esse é um caso de educação continuada e até de caça talentos, afinal, muitos de nossos talentos só se mostram quando estimulados.



Dan Price, CEO da Gravity Payments

Aí você pode me dizer: "Trocar de cargos por alguns dias é fácil, quero ver igualar os salários", sim, eu sabia que você pensaria isso, mas se não pensou, finge que pensou, porque vou te apresentar a Gravity Payments. Uma empresa cujo o CEO - Dan Price - abriu mão de quase US$ 1 milhão dos quais teria direito por seu desempenho a frente da empresa, e transformou o salário mínimo da companhia em uma bagatela de US$ 70 mil por ano (5,8 mil dólares por mês), quase 4 vezes maior que o salário mínimo estadunidense. O resultado? Bom, no início, pessoas que ganhavam um valor semelhante se sentiram desprestigiadas e abandonaram a empresa, a mídia caiu matando, investidores criticaram, o mundo achou que daria errado e ele chegou a ser processado pelo próprio irmão, um sócio minoritário da companhia. Mas Dan provou que não, criou um site mostrando indicativos de satisfação dos funcionários, produtividade, lucratividade e muito mais, todos positivos. Como se já não bastasse, após um ano do feito, sua equipe o presenteou com um Tesla, seu carro dos sonhos. (vídeo no final do texto)


OK, as coisas não são tão simples quanto parecem, eu sei, mas sei também, que se tivermos boa vontade e um pouco de criatividade ou conhecimento de histórias como essas, conseguimos criar nossos próprios benefícios extras.

Aqui na benV, por exemplo, temos algumas práticas simples, que não nos custam nada, ou muito pouco, perto do benefício que nos trazem.

Por exemplo:


Além do almoço, toda nossa equipe tem direito a uma hora de leitura por dia, afinal, para profissionais criativos, conhecimento e informação nunca é demais (ideia copiada do SESC);


Todos os meses, nossa equipe recebe ao menos 4 horas de cursos que são ministrados por nós mesmos ou por terceiros contratados, onde mostramos para nossos colegas coisas inerentes a nossa atividade. Esse conhecimento abre nossa cabeça e nos faz conhecer ainda mais nossa empresa. Algo de extrema importância para uma empresa, cujo "core business" são projetos personalizados (Alternativa a uma universidade corporativa);


Temos um limite de trabalho instituído de 8 horas por dia, e no máximo 20 dias por mês, mesmo que o mês tenha mais dias úteis do que isso. Porque no final das contas, um profissional focado e satisfeito, produz muito mais do que um que receba sobrecarga de trabalho (Ideia inspirada na Semco).


E você, o que vai fazer para não perder seus talentos para o mercado (ou para ganhar um Tesla da sua equipe)?



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